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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Treinando Autonomia...

Olá Galerinha!

Ontem iniciei uma nova experiência: treinar a autonomia da Laura. Não sei o que vocês pensam sobre isso, mas repara só no prognóstico, kkkk. A Laura tem 6 anos, é filha única, não temos familiares morando próximos da gente, e não trabalho fora de casa. Resultado: somos muito dependentes uma da outra, kkk.

Observando o comportamento de outras crianças e algumas de suas necessidades e conversando muito com especialistas a este respeito, resolvi dar um "empurrãozinho" a mais aqui em casa. Não que esta " nossa" dependência seja um problema agora, mas poderá vir a ser no futuro, concordam?

Bom, de que forma incentivar a autonomia de uma criança com segurança? Imagino que isso seja o que mais nos incomoda nos dias de hoje... para mim é! E de que maneira a criança percebe isso, sem que a ruptura seja abrupta?

Acredito que nada melhor que o ambiente controlado. Então, comecei com algumas medidas simples: delegar pequenas responsabilidades, as quais ela deve executar sozinha, sem minha supervisão, e que serão avaliadas somente no final: lição de casa e organização da mochila, comidinha para a cachorrinha, cuidados com o suas coisas e seu quarto... Tá, até aí nada de mais, certo? Já viemos fazendo isso desde o finalzinho do ano passado. Outra coisa que tenho feito é deixa-la em festas de aniversário de amiguinhos, sem a minha presença.

Para incrementar o ritmo comecei a deixa-la sozinha em casa - com o celular do lado - por 30 minutos, enquanto busco o papai no trabalho. Ela foi orientada a ficar vendo TV ou brincando, a usar o telefone se sentir solitária, e a pedir ajuda a uma vizinha - com quem combinei que estaria fazendo isso ;o). Está dando tudo muito certo, há dois meses!

Então ontem, experimentamos mais uma coisa: uma vizinha, que mora  a duas quadras de casa - moro em condomínio fechado - me convidou para participar de uma oficina de patchwork, que amo! A questão decisiva era que as aulas aconteceriam a tarde, no horário inverso da escola. Sempre que fiz atividades extras, procurei fazer enquanto a Laura estivesse na escola... Hummm, pensei: ela pode ir junto. Mas também, ela pode tentar voltar para casa para buscar brinquedos, ou ver TV se sentir que está chato para ela. No condomínio não há risco de assaltos ou atropelamento. E ela já sabe usar o interfone. E a vigilância monitora todos os nossos movimentos por câmera, caso algo urgente aconteça. Vamos tentar...

Olha gente, ontem foi o primeiro dia. E tudo transcorreu muito bem. A Laura foi comigo, com a intenção de fazer uma obra de arte. Depois voltou duas vezes em casa, para procurar a cola e para pegar a câmera fotográfica. Foi bem legal! Acho que aos pouquinhos vai! O que vocês acham?

Beijocas Barulhentas
;o)

Um comentário:

  1. Josi, fantástica sua iniciativa. Imagino que ter filha única deva gerar essa angústia de querer colar na criança e, ao mesmo tempo, dar-lhe asas para voar. Eu, desde que a Lara nasceu, tentei trabalhar isso. Ter essa consciência de que filho é do mundo. Logo que cortaram o cordão dos meus eu disse "pronto, agora vc é do mundo". O engraçado é que costumo repetir isso em todos os partos que acompanho (sou fotógrafa de partos naturais), nem que seja ali, no cantinho, falando praticamente só comigo e com meus botões. *rs Esse exercício de independência mútua é muito difícil mas é saudável, para as mães e para os filhos. E é assim, passo a passo, pouco a pouco, que essa relação de confiança, mesmo à distância, se consolida. A criança deve se sentir segura sabendo que, mesmo que não esteja ao lado dela, sempre poderá contar com você. E nós é que damos essa base, através de ensinamentos diários, de trocas contínuas, de cumplicidade. Se fosse fácil não teria graça, né? :)

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